Ele era um viajante. Sua missão era ajudar. Ajudar a todos os que foram colocados sob os seus cuidados. E ele ia da cidade em cidade, de aldeia em aldeia, de casa em casa. Passavam-se meses até que ele voltasse. Enquanto isso, nós prosseguíamos em praticar suas lições. Quando ouvíamos os rumores de que sua visita se aproximava, nossos corações se enchiam de alegria e expectativas, nos perguntávamos: "que será que o sábio instrutor nos ensinará desta vez?" E era sempre surpreendente, cada vez que ele abria sua boca. E ouvíamos. E ficávamos novamente fortes, preparados para nossa batalha. Passaram-se uns poucos anos, e na quinta vez que ele veio, ele disse-nos: "irmãos, chegou a hora, tenho que partir para outro lugar, enviam-me para lá porque precisam de mim lá." Então todos em nosso vilarejo ficaram muito tristes, pois levaria muito tempo, não se sabe quanto tempo, mas se sabe que é muito, até vê-lo novamente...
Não podíamos, nem deveríamos desejar impedir este homem de cumprir sua missão, pois ele é um ajudador, esse é seu dever, e ele deve ir onde precisam dele, onde quer que for enviado. Sabemos que ele estará bem, e nós também ficaremos bem. Sentiremos muita saudade. Mas tudo o que ele nos ensinou estará para sempre conosco dentro dos nossos corações. Muito obrigado viajante, por sua dedicação e zelo, e fervor em nos estimular ao progresso em nosso serviço sagrado. Que seu caminho seja sempre iluminado, deixando esperança e força aonde quer que passe. Até o dia em que nos veremos de novo!
João Luiz Lima, Maringá, 09 de julho de 2010, 11:38
O Wilson e a Maria vão deixar saudades :(
ResponderExcluirmuito lindo isso que você escreveu...
:**
Muito bonito, João!
ResponderExcluirAcho belo as pessoas sábias, que compartilham da sua sabedoria, que ajudam as outras em sua jornada. Pessoas assim devem viajar pelo mundo, compartilhando seus conselhos, seus ensinamentos.
Um abraço.